PROGRAMA LIBERTAR DA POLÍCIA CIVIL É APRESENTADO NO FAGUNDES VARELA

O Programa Libertar da Polícia Civil, que tem como objetivo a prevenção e repressão de crimes sexuais contra crianças e adolescentes, foi tema de palestra nesta sexta-feira (16), no Instituto Estadual de Educação Fagundes Varela de Miraguaí.

A programação faz parte do Maio Laranja que vem sendo promovido pelas secretarias municipais de Educação e Assistência Social, Rede de Apoio à Criança e Adolescente e Rede de Apoio a Escola, CRAS, CONDICA e Conselho Tutelar, com apoio da Delegacia de Polícia de Miraguaí e Ministério Público de Tenente Portela.

O encontro no Fagundes Varela reuniu a direção, professores, funcionários e alunos do estabelecimento de ensino, tendo como palestrante a Inspetora de Polícia Liara Fabrício de Moura, que atua na Delegacia de Polícia de Miraguaí.

A inspetora abordou sobre a proteção, prevenção sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes no intuito de informar, orientar para que se evite o crime de estupro tanto físico quanto virtual e em casos que já tenham ocorrido, para encorajar as vítimas a procurarem ajuda e fazer com que o crime chegue ao conhecimento das autoridades. A palestra contou com a presença de 115 alunos e 6 professores. Ao final, surgiram dúvidas quantos aos jogos online, um dos locais onde os predadores “resgatam” suas vítimas, as quais foram sanadas pela inspetora.

PROGRAMA LIBERTAR - O Libertar da Polícia Civil, foi criado em 2023 pela Escrivã de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Bianca Benemann e parte do material cedido pelo Perito Criminal do Estado de São Paulo Hericson dos Santos, o programa integra a Divisão de Prevenção, Justiça Restaurativa e Direitos Humanos da Polícia Civil.

O trabalho consiste em uma palestra preventiva quando são informadas as técnicas mais modernas de atuação de criminosos virtuais e reais, municiando crianças e adolescentes com o conhecimento necessário para sua proteção e encorajando-as a romperem o silêncio que, na maioria das vezes, ficam entre a elas e seus predadores sexuais.

Segundo os dados revelados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, 61,7% dos crimes sexuais acontecem na residência das vítimas, sendo que a escola, considerada seu segundo lar, é um ambiente mais acolhedor para elas revelarem os abusos sofridos.

As crianças e adolescentes que revelam o crime sexual no Programa Libertar não são encaminhadas a uma delegacia, já que o próprio policial palestrante efetua o registro, e em depoimento, relata os fatos descritos pelas vítimas. Se houver necessidade de intervenção imediata, em caso de contato direto com a vítima, o próprio policial aciona a rede de proteção para que ela seja imediatamente retirada do ciclo de violência sexual.

O Libertar também diminui o risco de revitimização, pois não é necessário que a criança ou o adolescente relate o abuso sexual mais de uma vez. Desta maneira, evita interesses conflitantes, prevalecendo o das vítimas, já que 64% dos agressores são seus familiares e 86,4% são conhecidos da família. As ocorrências registradas no Programa Libertar já são encaminhadas com a autoria definida pela Delegacia que será responsável pela investigação, acelerando o processo de responsabilização do agressor pelos seus crimes.

 

 

 

Fotos: Divulgação

Rádio Planeta FM 102.7

 

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