RONALDO NOGUEIRA DEFENDE JORNADA DE TRABALHO DE 40 HORAS SEMANAIS, E ALERTA PARA RISCOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

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Em entrevista ao portal Repórter Brasília, o deputado federal Ronaldo Nogueira (Republicanos-RS), defendeu a redução da jornada de trabalho no Brasil de 44 para 40 horas semanais, argumentando que esse modelo já é adotado por países desenvolvidos, e com ganhos em produtividade e bem-estar. O parlamentar destacou que há apoio suficiente no Congresso Nacional para aprovação da medida.

Outro ponto central foi a Inteligência Artificial (IA), considerada por Nogueira “como um avanço inevitável, porém repleto de desafios, como a substituição da força de trabalho humana e o risco de dependência cognitiva”. Ele elogiou o Estado de Goiás, que saiu na frente ao aprovar legislação pioneira sobre IA e formação técnica na área.

Jornada de trabalho: “É hora de avançar para 40 horas semanais”

O deputado Ronaldo Nogueira afirmou que o Brasil está diante do momento ideal para reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Para ele, “os modelos já adotados em países desenvolvidos demonstram que a mudança traz ganhos significativos na produtividade, diretamente ligados ao bem-estar do trabalhador”.

“A jornada de trabalho de 40 horas semanais é adotada na maioria dos países desenvolvidos, e estudos comprovaram inclusive um aumento de produtividade. O Brasil ainda mantém o modelo de 44 horas, mas isso é fruto de outra época, com meios de produção bem diferentes. A tecnologia avançou, aumentou a produção e é hora de ajustarmos nossa legislação”, argumentou.

Nogueira afirmou que, hoje, já existe apoio político suficiente para aprovar a proposta.

“Conversando com os deputados, vejo que não é a grande maioria, mas uma maioria suficiente já existe, tanto na Câmara quanto no Senado, para aprovar a jornada de 40 horas”.

Inteligência Artificial: “Desafio é evitar a ociosidade do pensamento”

Ao comentar o avanço da inteligência artificial, Ronaldo Nogueira reconheceu seu potencial transformador, mas alertou para os riscos que ela representa.

“Não há como frear o avanço tecnológico. Tentar fazer isso por meio de legislação seria condenar o país a ficar para trás no cenário global”.

O parlamentar destacou o perigo para a dependência excessiva da IA, que pode afetar a capacidade de reflexão e a geração de empregos.

“Um dos riscos é a criação de uma geração totalmente dependente da IA, inclusive intelectualmente. Outro ponto é o risco real de substituição da mão de obra humana. Já temos um contingente grande de pessoas fora do mercado de trabalho que dependem de políticas públicas”.

Nogueira elogiou o Estado de Goiás, que, segundo ele, está na vanguarda do debate com legislações já em vigor e políticas de capacitação.

“O governador Ronaldo Caiado tem sido protagonista de ações importantes nessa área. Goiás já formou sua primeira turma voltada para IA. É uma iniciativa que coloca o estado à frente”.

Ele alertou ainda para a urgência de universidades, governos e cidadãos acompanharem essa evolução para não serem atropelados pelas mudanças.

 

 

Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Magna Nolêto – Imprensa Dep. Ronaldo Nogueira

 

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